segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O cravo só.


Eu tava morrendo em vida,
eu tava morrendo a toa e não sabia.
Fazia mate sem verde e feijão sem a tampa.
De algo que não era meu,
me convencia,
de algo que as vezes a vida te bota em prova,
de algo que o barco afunda,
de pato que não tem mais bico,
e o bico do cu ta cansado de parado,
de algo que não tem poesia,
nem rima, nem verso, nem rima,
sem verso,
sem estrofe,
sem estar em casa.
Sofrendo na moita,
 aceitando a vida que sua mente queria,
e que seu coração renega,
só por ter que pensar em aceitá-la.
O que é de sangue nem se nega. 


Gabriela Q. Nemitz 

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