terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dois em um

Você mal desceu
As escadas
E eu tive saudade
Essa vontade dos corpos
De dois ser um só
Frustrante
Quase correta
Incansável
Imperfeita
Lubrificante
Impaciente
Irritante
Insuficiente
Suficiente
Para o abandono
Ciumenta
Incoerente
Não discreta
Impossível
Carente
Careta
Gritante.




Gabriela Q. Nemitz


Deixar...


Quero uma mente cheia de Dharma
Quero meu corpo parte da Shamga
Deixar meu Samsara
Ser nirnava.

Gabriela Q. Nemitz

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mentira nossa vida, porém...

Como queria que desses a vida por mim.
Então estaria sóbria neste momento.
Essa náusea, esses vômitos sem fim,
vomitando meu sentimento inteiro por ti.
Vomitando o pior e melhor de mim.
Como queria que vomitasses assim.
Queria que pedisses socorro,
num pranto intenso, pesado, chato e sem fim.
Assim como eu, sem querer e querida, choro por ti.
Minha vida inteira se resumindo em nada...
Mesmo que valhas 1/4 da minha alma inteira.
Aconchego só se fosse tua boca doce e teu peito quente.
Feliz essa gente que sente menos quando o corpo em chamas.
Feliz os que não mentem no momento em que o corpo presente não lembra do pranto.
Mentira tua vida toda, se não se der com a minha, como a borboleta já sem fôlego.
Querido, te quero tanto, que me entrego como se fosses dono, como se fossemos murchos, alegres e mansos.


Gabriela Q. Nemitz

Vida de Abelha

Grata serei a ti por mais que a dor não passe.
E meu tempo longe será meu tempo sem ver-te , mas não sem sentir-te.
Oxalá que um dia a vida me explique quando foi que aprendi a querer-te tanto, se é tão difícil amar-te.
Se cada manha fica velha após cada sintoma da minha pele ter a cura no teu corpo.
Meu bem, meia colher de mel é a vida toda da abelha.

Gabriela Q. Nemitz

terça-feira, 5 de maio de 2015

Efeito da falta

Meu amor não chama.
Meu amor não sente.
Meu amor não mente.
Ele só usa e abusa,
quando o amor que ele ama
já não está presente.



Gabriela Q. Nemitz

domingo, 12 de abril de 2015

domingo, 25 de janeiro de 2015

Destempo

E o encanto morreu,
a casa caiu na real
o que se iludiu.
A festa acabou
no meu coração.
Igual esse violão
que não sei tocar,
amor sei fazer,
mas não sei mais dar.
Não procuro mais,
porque não perco mais
tu,
nem meu tempo.


Gabriela Q. Nemitz