quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mentira nossa vida, porém...

Como queria que desses a vida por mim.
Então estaria sóbria neste momento.
Essa náusea, esses vômitos sem fim,
vomitando meu sentimento inteiro por ti.
Vomitando o pior e melhor de mim.
Como queria que vomitasses assim.
Queria que pedisses socorro,
num pranto intenso, pesado, chato e sem fim.
Assim como eu, sem querer e querida, choro por ti.
Minha vida inteira se resumindo em nada...
Mesmo que valhas 1/4 da minha alma inteira.
Aconchego só se fosse tua boca doce e teu peito quente.
Feliz essa gente que sente menos quando o corpo em chamas.
Feliz os que não mentem no momento em que o corpo presente não lembra do pranto.
Mentira tua vida toda, se não se der com a minha, como a borboleta já sem fôlego.
Querido, te quero tanto, que me entrego como se fosses dono, como se fossemos murchos, alegres e mansos.


Gabriela Q. Nemitz

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