terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tango de la democracia mal escrita


Tenes las hojas de los verdes tan rotas,
y tus hijos enfermos gritando.
 Las mañanas se te volvieron vacías
y quedan solo aquellos tranquilos,
que se llevan emprestado lo nuestro,
y no devuelven por estar vagueando,
cumbianchando.
Tenes las paredes ya de hace tiempo,
y tus muros siguen tan muros, bajos.
Aumentos solo en el precio.
 Desprecio , el tipo matando.
TrapRecio de esquinas robando.
Precioso el oso instinto,
distinto de la revolución cantando,
que en vez de acabar aparece,
en vez de morir nasce y crece.
Cris-tal, tal te estas oxidando.

En una memoria, manchado,
en un mate verde oscuro.
En una vieja bicicleta,
y en el trigo tan bronceado;
se esconde y permanece
mi amor y mi conciencia,
de patria y querencia,
un grito guardado
para quien no destruya
mi país y mi paciencia.



Gabriela Q. Nemitz 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sem fim

Fui tentar escrever
o que sinto por ti,
intento inútil,
a poesia é sem fim.



Gabriela Q. Nemitz

O bom pouco mal

No canto da tua boca que é doce,
pro ego do teu olho que eu canto,
e no olho do teu umbigo que é caro,
na boca o teu auto falante.
Na pressa que me prensa no teu encanto,
pra ver tua imprensa se fazendo grito,
e no sal do teu corpo meu pranto,
no olhar maciço a tua descendência.


Gabriela Q. Nemitz

terça-feira, 20 de março de 2012

Una descripción

La mujer
toda destrozada de rosa y blanco;
en una pétala se esconde tu sonrisa.
El papagayo de arena
en la nieve blanca,
y las penas volando,
como cada lágrima al río desnudo
de los lados opuestos del alma,
el agua desnuda
de tu cuerpo y salud.
Agua de tu cuerpo.
La mujer y las nubes
con sus entrañas
tienen olvido en humo,
con el pulso firme
y los colores flojos.
Tienen penas, tienen plumas,
tienen pesadillas
que regresan a cada verano,
y las hace esclavas calvas
de acompañante de la dulce valsa
de su primera vez.



Gabriela Q. Nemitz

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Perfume

6:00 AM
o meu corpo imune, imóvel.
Informações de mais nas minhas pálpebras,
dos olhos do pulso,
que derretem e retomam
minha cabeça simultaneamente,
e esse pulso escreve rápido,
mas anda devagar,
num efeito de alguma
disciplina constante,
que virou rotina isolada
dos meus objetivos e desejos famintos.
Rotina não constante
mas sempre a mesma.
No meu perfume do pescoço que eu tinha ontem,
e no perfume da minha nostalgia imaginário,
sinto cores e cansaço
de ser aquilo que não queria;
sinto cores e impulsos
por ter tido uma boa infância.


Gabriela Q. Nemitz

domingo, 8 de janeiro de 2012

Nascer ou não

Quem nasce com a alma calada
é amigo quieto da solidão.
Quem nasce com a alma aflita
é amigo da arte.
Mas só quem nasce com a alma perdoada
é Deus, se é que ele nasce.
Quem nasce com a arte pendurada
não vai ter resguardo na decisão.
Quem nasce e é solitário
vai calar no seu colchão.
Quem é Deus é pai, e não irmão.
Quem perdoa os próprios erros
procura errar mais uma vez.
Quem perdoa erro dos outros
vai entrar em depressão.
Quem nascer perdido
terá vários rumos, ou não.


Gabriela Q. Nemitz

não, vai entender!

Não procure me entender, não.
Saiba que terá madrugadas frias
e água fria.

Não me espere a qualquer momento.
Saiba que a janela se abre,
que existem ondas e raios,
e me tenha no pensamento.
Mas não grite comigo, não.

Não espere meu acerto,
não espere meu choro.
Saiba que cachorro brinca,
que pode se dormir sentado.

Não espere que saiba de você.
Não espere saber de mim,
mais do que eu vou saber você.

Salto alto faz tic tac,
areia nos olhos dói.
Carros andam rápido
e aviões ainda mais.

Vou te ligar,
nem sempre vou te atender.

E se eu sumir do nada,
ou se quiser te acariciar,
você pode ter certeza
que o tempo é imaginário.



Gabriela Q. Nemitz