domingo, 8 de janeiro de 2012

não, vai entender!

Não procure me entender, não.
Saiba que terá madrugadas frias
e água fria.

Não me espere a qualquer momento.
Saiba que a janela se abre,
que existem ondas e raios,
e me tenha no pensamento.
Mas não grite comigo, não.

Não espere meu acerto,
não espere meu choro.
Saiba que cachorro brinca,
que pode se dormir sentado.

Não espere que saiba de você.
Não espere saber de mim,
mais do que eu vou saber você.

Salto alto faz tic tac,
areia nos olhos dói.
Carros andam rápido
e aviões ainda mais.

Vou te ligar,
nem sempre vou te atender.

E se eu sumir do nada,
ou se quiser te acariciar,
você pode ter certeza
que o tempo é imaginário.



Gabriela Q. Nemitz

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