segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Perfume

6:00 AM
o meu corpo imune, imóvel.
Informações de mais nas minhas pálpebras,
dos olhos do pulso,
que derretem e retomam
minha cabeça simultaneamente,
e esse pulso escreve rápido,
mas anda devagar,
num efeito de alguma
disciplina constante,
que virou rotina isolada
dos meus objetivos e desejos famintos.
Rotina não constante
mas sempre a mesma.
No meu perfume do pescoço que eu tinha ontem,
e no perfume da minha nostalgia imaginário,
sinto cores e cansaço
de ser aquilo que não queria;
sinto cores e impulsos
por ter tido uma boa infância.


Gabriela Q. Nemitz

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