terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fizeste-te

Criaste asas,
voaste.
Criaste teu sopro,
soprando teu aço,
se tornando diluído
entre tanta gente .
Fizeste corpo.
Comeste traças.
Caçaste a morte,
e a morte te caça.
Te despediste,
depois viraste moça.
Aprendiste a mentir menos,
a decifrar pouco.
Quereste amantes.
Desejaste o rendirte.
Te distraiste no sopro,
soprando teu passo,
se tornando cansaço
Entre tanta gente.


Gabriela Q. Nemitz

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